Card para matéria do site da FACE.

Afinal, o que é Inteligência Artificial?

Impactos da I.A no trabalho e mercado: entre mitos, realidades e potenciais

As inteligências artificiais (I.A’s) são sistemas que “simulam” a capacidade cognitiva humana, ou melhor, processam informações por meio de bancos de dados. Mesmo parecendo uma discussão recente, o termo foi usado pela primeira vez em 1956 pelo professor John McCarthy, em uma conferência chamada “O Eros Eletrónico”.

Para chegar até os modelos populares hoje em dia, como o Chat GPT, houve um longo caminho de pesquisas e testes. Algumas das principais evoluções da computação que levaram até aqui foram a criação de bons modelos de dados para classificações, processos e análises, o acesso a mais dados e, também, um custo mais acessível a este tipo de tecnologia. Não fora disse, o incentivo e fomento à pesquisa na área foi essencial para a trajetória da I.A.

Apesar do suporte que esse tipo de sistema oferece, ainda existe um certo receio por parte de seus usuários — e também, dos que resistem a uma suposta revolução das máquinas. Isso acontece na maioria das vezes pela perpetuação de falácias no imaginário popular. Em uma entrevista com o Prof. Dr. Ricardo Limongi, da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia (FACE).

No momento, ele pontuou algumas considerações que devem ser feitas ao tratar do tema. Segundo o professor atuante na pós-graduação da FACE, as inteligências artificiais não devem ser vistas como uma substituição completa do trabalho humano, um dos discursos mais propagados atualmente.

“Existem limitações para a capacidade dos sistemas de I.A. em compreender e responder a questões complexas e sutis, especialmente em contextos que envolvem empatia, criatividade e julgamento ético, nesses casos, o trabalho humano continua sendo indispensável”, comenta.

Limongi ainda ressalta que as inteligências artificiais podem ser, na verdade, uma forte aliada à produtividade no mercado de trabalho. Isso já permite a automação de certas tarefas. Segundo o professor, é crucial que haja investimentos em programas de educação e treinamento para “capacitar as pessoas a se adaptarem às mudanças e aproveitarem as oportunidades criadas pela I.A.”

Ainda durante a entrevista, o professor Ricardo Limongi destaca a estrutura do mercado de I.A.’s, que é marcada pelo monopólio. Para o estudioso, o domínio total desses programas e tecnologias por empresa A ou B, pode influenciar em uma série de aspectos. Pontos como a criação e/ou fortalecimento das barreiras à entrada, acessos limitados aos recursos, dependência tecnológica e, inclusive, impactos no mercado de trabalho.

Buscando fomentar ainda mais esse debate e gerar conhecimento sistematizado entre a comunidade acadêmica que a FACE trará ao público uma série de conteúdos informativos, tendo como fonte principal o nosso docente, professor Limongi, que vem se destacando no uso das I.A’s aliadas à metodologia científica.

A expansão do tema, em um âmbito macro, pode ser vista pela criação do curso de graduação de Inteligência Artificial pela UFG, e, pela nossa unidade acadêmica, estamos caminhando em uma inserção mais aprofundada no tema, tendo como exemplo, o minicurso ofertado no Congresso FACE 2023, de tema “Inteligência Artificial Aplicada à Gestão”, com a premissa de se aprofundar ainda mais no tema e proporcionar, aos discentes, uma formação completa e multidisciplinar.

Ascom | FACE