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Inteligência Artificial na Gestão, Administração e Contabilidade: explorando novos horizontes

Confira uma análise aprofundada sobre como a Inteligência Artificial está revolucionando a gestão, administração e contabilidade, impulsionando eficiência e inovação — enquanto se enfrentam desafios éticos.

Em meio ao crescente debate em torno da Inteligência Artificial (I.A.), surge uma indagação premente: de que maneira podemos aplicar eficazmente essa tecnologia nos campos da gestão, administração e contabilidade? As oportunidades que se apresentam são vastas e promissoras, elevando a eficiência e a inovação a níveis sem precedentes.

De acordo com o professor Ricardo Limongi, doutor em Administração e atuante na pós-graduação da FACE/UFG, as I.A.s têm conquistado um espaço significativo no mercado econômico e na gestão, demonstrando resultados notáveis. Uma gama diversificada de domínios tem sido profundamente influenciada, englobando a análise de dados, a automação de processos, a melhoria da experiência do cliente, a otimização das cadeias de suprimentos, as previsões e análises financeiras, a segurança cibernética e a eficiência energética.

Segundo o entrevistado, as I.A.s têm o potencial de otimizar as operações de marketing. “Ao aplicar a IA de maneira estratégica, as empresas podem obter insights mais profundos, aumentar a eficiência, personalizar a comunicação com os clientes e alcançar melhores resultados em suas estratégias de marketing”, observa o especialista. No entanto, educação em ética em I.A., a pesquisa colaborativa e as regulamentações apropriadas são vias cruciais para uma abordagem responsável.

E de entendimento então que é imperativo não apenas considerar os aspectos tecnológicos, mas também abordar questões éticas relacionadas à utilização dos sistemas de inteligência artificial, são apontados  alguns desafios fundamentais:

  1. Viés Algorítmico: Algoritmos de I.A. podem apresentar suscetibilidade a preconceitos e desigualdades presentes nos dados utilizados como base.

  2. Privacidade e Proteção de Dados: A salvaguarda dos dados e a preservação da privacidade são imperativos durante a implementação da I.A.

  3. Transparência e Explicabilidade: A capacidade de compreender e explicar as decisões tomadas pelos sistemas de I.A. é crucial para a confiança e a responsabilidade.

  4. Responsabilidade e Tomada de Decisão Humana: A I.A. não deve ser considerada uma substituição completa do discernimento humano.

  5. Impacto no Mercado de Trabalho: A automação pode resultar na substituição de certas ocupações por sistemas automatizados.

“Lidar com esses desafios éticos e morais requer um esforço conjunto de governos, instituições acadêmicas, empresas e profissionais. A promoção da educação e conscientização sobre ética em IA, a colaboração em pesquisas e a definição de regulamentações adequadas são algumas das maneiras de abordar essas questões de forma responsável”, esclarece o professor.

Por fim, Limongi discorre sobre a aplicação das inteligências artificiais no ambiente acadêmico, particularmente na pesquisa. Ele menciona ter lecionado a disciplina "Metodologia Científica com Utilização de Inteligência Artificial" na pós-graduação da UFG, alcançando mais de 350 participantes online por meio do canal do YouTube da instituição. O professor também destaca o recém-criado Comitê de Integridade Acadêmica (CIA), que debate a utilização responsável das I.A.s nas atividades institucionais.

Nesse contexto, a Inteligência Artificial não somente está redefinindo a operação dos negócios, mas também instigando debates éticos e moldando o futuro da educação e da pesquisa. A colaboração entre diversas partes interessadas emerge como a via para colher os benefícios dessa tecnologia, mantendo uma abordagem sensata e responsável.

Ascom | FACE