Centro de Estudos e Pesquisas em Desenvolvimento Regional do Centro-Norte Brasileiro (CDR)
As discussões sobre desenvolvimento regional, tradicionalmente, centraram-se na análise dos efeitos da presença do Estado como indutor do crescimento econômico. Admitia-se, por esse caminho, a presença de disparidades regionais traduzidas em indicadores econômicos. As ações do Estado, a depender da formação regional, poderiam estimular o crescimento da rede urbana, como ocorreu na França, implementar políticas de infraestrutura de transporte, como nos Estados Unidos ou mesmo como ocorreu no Brasil, estimular o avanço da fronteira agrícola, a partir dos Planos Nacionais de Desenvolvimento. 
A natureza do debate sobre a ação do Estado no território, no entanto, mudou substancialmente a partir da década de 1990. No Brasil, por exemplo, a necessidade de inserção competitiva, com papel relevante das exportações, substituiu o protagonismo das tradicionais agências de desenvolvimento regional. O período atual, marcado por intensa desigualdade social e regional, e redução dos investimentos públicos, em função da PEC-95, demanda, dado as particularidades do território brasileiro, uma nova agenda de desenvolvimento regional que inclua, além do meio ambiente, questões pertinentes ao envolvimento comunitário e ao conhecimento técnico-científico.
Pensando nessas demandas, um grupo de instituições públicas de ensino e pesquisa (Universidade Federal de Goiás – UFG e Universidade Federal do Tocantins – UFT) resolveu formar, a partir de articulações de pesquisadores, um Centro de Estudos e Pesquisas em Desenvolvimento Regional com foco de atuação no que se pode definir, grosso modo, como Região Centro-Norte do Brasil. Tal região, formada pelos Estados do Centro-Oeste, além do Tocantins, Maranhão e Pará, apresenta particularidades do ponto de vista regional que demandam, além de ações do Estado, projetos e pesquisas que estejam alinhados com concepções modernas de desenvolvimento regional.
Nessa perspectiva, uma das motivações para a criação do Centro é que ele faz parte de um processo de avanços institucionais, onde a UFG e a UFT assumem o papel de instituições indutoras do desenvolvimento regional por meio da pesquisa, do ensino e da extensão.